É período de Halloween, época que as pessoas se preocupam bastante em vestir sua melhor caracterização e arrasas nas festinhas, né? No entanto, há outro assunto importante para abordar neste momento: as fantasias sexuais. De acordo com uma pesquisa realizada pela pantynova, startup de bem-estar sexual, os brasileiros tem muitos fetiches em comum.
Entre os pesquisados, 51% das pessoas afirmaram ter o sexo a três como principal fantasia sexual. BDSM (bondage, disciplina, dominação-submissão e sado-masoquismo) vem em seguida, junto de fazer sexo em público. Depois citam chuva dourada (ou golden shower), o cross dressing e o fetiche por pés.
A princípio, é possível pensar que a experiência à trois pode ser uma fantasia presente apenas entre heterossexuais, certo? No entanto, os dados mostram que este desejo aparece em outras orientações, como homossexuais e pansexuais.
Motivos para fetiche ser tão comum
Portanto, é válido pensar: será que existe alguma razão para o sexo a três ser a mais escolhida entre todas as fantasias sexuais? Segundo a psicanalista Joana Waldorf, todos os fetiches apontam para um desejo de quebrar regras, associado ao prazer.
“Aqui o fetiche está sendo usado no senso comum, o que corresponderia a uma fantasia sexual, ou seja, quais os roteiros a gente cria e conhece para obter excitação. O fetiche constitui um desvio da sexualidade dita ‘normal’, que corresponde ao que se estabeleceu como regra. Logo, o fetiche sempre vai estar relacionado aos tabus da época, e como todo tabu, basta proibir, dizer ‘não pode’, que a excitação é certa”, explica a especialista.
A psicanalista também explica que o tabu pode estar por trás desses desejos. “O sexo a três, por exemplo, foge a norma monogâmica. O BDSM fala de controle, dor, sadismo e masoquismo, sentir e infligir dor. A dor durante muito tempo foi associada a absolvição de pecado, práticas como expiação, ‘purificação’ dos corpos ‘impuros’. Em relação ao sexo em público a excitação muitas vezes aparece por envolver o risco de ser flagrade e/ou um exibicionismo e por lei é um atentado ao pudor. Tudo isso, de certa forma, passa por proibições, inclusive jurídicas, que acabam por aumentar a tensão das práticas e fantasias”, comenta a psicanalista.
Mas e você, se identificou com as fantasias sexuais almejadas pelos brasileiros?