Passear na rua com o seu cãozinho tende a ser uma experiência prazerosa e saudável, tanto para o tutor quanto para o animal. Porém, é preciso tomar alguns cuidados, ainda mais se o período for de muito sol e calor, o que pode tornar essa atividade um momento de sofrimento e risco a saúde do pet.
Nesse sentido, o primeiro fator a se considerar é quanto ao horário de passeio do animal. A médica-veterinária e docente do curso Medicina Veterinária do Grupo UniEduK Dra. Aline Ambrogi Franco Prado ressalta que o momento de lazer é indispensável para o cãozinho, porém isso não pode ser feito a qualquer hora do dia.
“O ideal é evitar horários entre 10h e 16h, dando preferência para o início da manhã e fim de tarde”, explica. Ela ainda ressalta que “é preciso ainda ter bom senso na escolha do ambiente, evitando áreas asfaltadas, calçadas cimentadas e até mesmo areia da praia em períodos quentes”, até porque um chão muito quente pode acabar queimando as patinhas do bichinho.
A seguir, veja algumas outras orientações e dicas da Dra. Aline para que o passeio com seu “fiel amigo” seja mais prazeroso para ele:
Quantas horas por dia deve ocorrer o passeio?
Segundo a médica-veterinária, essa é uma questão que depende de vários fatores. “Animais mais velhos, por exemplo, podem fazer caminhadas diárias e curtas. Raças mais enérgicas e cães jovens podem passear até três vezes ao dia. Tudo depende do comportamento individual de cada cão”, salienta.
A partir de qual idade o cãozinho já pode sair?
Os animais somente podem sair para passear quando terminarem o protocolo completo das vacinas, que acaba por volta das 16 semanas de vida. Nessa idade, o animal precisa ter tomado pelo menos três doses da vacina múltipla e a da raiva.
Outras vacinas também estão disponíveis, como a da gripe. Uma questão também importante é a vermifugação, que deve ser feita pelo menos duas doses até os quatro meses de vida. Depois desses passos, o seu cãozinho já pode sair para passear com você!
O que não esquecer de levar nesse passeio?
O principal, segundo a Dra. Aline, são as guias do animal. “Nenhum cachorro deve passear sem controle de seu tutor, pois é arriscado tanto para o pet quanto para as pessoas”, alerta. Ela ainda ressalta que “algumas raças, como Pitbull e Rottweiler, precisam ainda estar com focinheiras.”
Nesse passeio, ainda é importante levar sempre um bebedouro portável. Se o momento de lazer for um pouco mais longo, ração e petiscos são bem-vindos. Brinquedos também podem ser interessantes para deixar o cãozinho mais distraído.
Por fim, para deixar o ambiente sempre limpo e adequado para o passeio, é fundamental ter em mãos sempre um saquinho para pegar as fezes do animal.
Cachorro usa protetor solar?
A resposta é sim, mas a médica-veterinária alerta: não pode ser o mesmo utilizado pelos adultos! “O protetor solar é essencial para animais, principalmente os que possuem pelagem curta e branca. Em cães com a pelagem mais longa, o ideal é passar em áreas em que os pelos não protegem, como pontinha do focinho, ponta da orelha e barriga”, salienta. Além do protetor, também podem ser usadas roupinhas de cachorro com proteção para Raios UVA e UVB.
Como saber se o pet está passando mal durante o passeio?
De acordo com a médica-veterinária do Grupo UniEduK, é preciso ficar atento as reações do animal. Ele pode ficar bastante ofegante, demonstrar cansaço, querer deitar-se no chão ou até mesmo levantar a patinha e mancar para evitar o piso quente. Começar a lamber as patinhas e não deixar que o tutor chegue perto por estar com dor são outros sinais de que o cão pode estar passando mal.
Há raças que podem sofrer mais com o calor?
Segundo a Dra. Aline, sim! Cães com focinho mais achatados, como é o caso das raças Shih Tzu, Pug, Bulldogue e American Bully, principalmente, podem sofrer mais com as altas temperaturas.