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Especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre a alimentação vegana, ainda alvo de muitos mitos e equívocos
Veganismo tem dieta baseada em vegetais - Foto: Shutterstock

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Confira 7 mitos e verdades sobre o veganismo

Especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre a alimentação vegana, ainda alvo de muitos mitos e equívocos

A participação de Yasmin Brunet e Wanessa Camargo no BBB 24 trouxe à tona o tema do veganismo, que ainda é cercado por mitos que podem gerar confusão e desinformação entre as pessoas.

Para ajudar a entender mais sobre o assunto, trouxemos abaixo informações que esclarecem algumas dúvidas sobre o veganismo. Confira!

1. Alimentação vegana nem sempre é mais saudável

VERDADE. A dieta vegana também pode contar com muitos alimentos ultraprocessados, fabricados a partir de substâncias extraídas ou derivadas de outros alimentos (no caso, as plantas) e sintetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes, conservantes e aditivos). 

“Esse processamento é o que torna tais alimentos mais agradáveis ao paladar e similares aos produtos que se propõem a substituir, mas também é o que faz com que não sejam tão saudáveis quanto os alimentos in natura, podendo, dependendo da composição, aumentar o risco de certos problemas de saúde”, explica a Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

2. Dieta vegana faz o cabelo cair

MITO. Se bem estruturada, a dieta vegana não interfere na saúde e crescimento dos fios. “No entanto, falta de proteínas, ferro, zinco e vitaminas podem ocasionar eflúvio telógeno, ou seja, a queda dos fios. Por isso, a dieta vegana precisa contar com alimentos fontes desses aminoácidos, como feijão, lentilha, brotos, soja, grão-de-bico, quinoa, amêndoa, nozes e castanha-do-Pará”, pontua Marcella. 

3. Procedimentos estéticos em veganos têm pior resultado

MITO. Segundo a Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS, todo procedimento estético para bioestímulo de colágeno depende de ingestão adequada de proteína para síntese de colágeno e elastina.

“Portanto, para esses pacientes, o importante é ter consumo de proteína vegetal combinada, oferecendo aminoácidos essenciais necessários para a formação de colágeno e elastina”, diz ela. 

4. Cosméticos veganos são mais fracos

MITO. Não há nenhuma definição oficial para cosméticos veganos, mas esses produtos normalmente são classificados como cosméticos que não possuem ingredientes de origem animal e nem não são testados em animais, explica Maria Eugênia Ayres, farmacêutica e gestora técnica da Biotec Dermocosméticos. 

“Os benefícios dos cosméticos veganos são os mesmos que os tradicionais. Eles ajudam a hidratar, retardar sinais de envelhecimento e fazer tudo aquilo que os convencionais fazem, mas sem utilizar produtos de origem animal. Para isso, utilizam equivalentes químicos e vegetais, garantindo os cuidados da pele e da beleza”, garante ela. 

5. Vegano precisa de suplementação

VERDADE. Segundo a médica nutróloga, Marcella Garcez, geralmente é possível que uma dieta baseada no consumo de vegetais ou exclusivamente composta de vegetais, desde que bem planejada, conte com todos os nutrientes necessários à manutenção da saúde do organismo.

“Porém podem ocorrer carências e algumas são mais frequentes nos casos de pessoas vegetarianas e veganas, como as carências de proteínas, Vitamina B12, cálcio e ferro. Mas a suplementação mais recomendada é da Vitamina B12, cujas principais fontes são de alimentos de origem animal”, explica. 

6. Dieta vegana protege os rins

VERDADE. Esse tipo de dieta também pode trazer benefícios aos rins. De acordo com a médica nefrologista Dra. Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira, “uma alimentação baseada em verduras, legumes e grãos está associada à diminuição de fatores de risco relacionados à doença renal”. 

“Isso acontece porque há um maior aporte de fibras e antioxidantes na dieta. Esses nutrientes ajudam o corpo contra componentes inflamatórios e o estresse oxidativo. Além disso, a dieta vegana reduz o risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica – três problemas que estão altamente relacionados com doenças renais”, conta a nefrologista.

7. Dieta vegana afeta a fertilidade

DEPENDE. “De uma forma geral, temos que pensar em ofertar os nutrientes adequados para o organismo, sejam eles de origem animal ou vegetal. Quando a dieta fornece os macros e micronutrientes necessários, não há interferência alguma da alimentação para dificultar a concepção de um filho”, explica Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM). 

“No entanto, se houver, por exemplo, baixa ingestão proteica ou de ômega-3, isso pode afetar a qualidade do óvulo”, acrescenta o médico. Dependendo do padrão alimentar, os veganos correm o risco de ficar com baixo teor de zinco, ferro e vitamina B12, por exemplo, substâncias que são encontradas na carne. 

“A camada externa (a membrana celular) de um óvulo requer ácidos graxos essenciais, como o ômega 3, que vem de peixes oleosos. No entanto, sabemos que existem fontes vegetais desse nutriente nas sementes (de chia e linhaça) e oleaginosas (nozes). Os veganos devem se atentar a isso. Caso essa seja uma carência, o ômega-3 também pode ser suplementado com fontes veganas (algas)”, diz o médico. 

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