Considerada o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), mais conhecida como “pressão alta”, é uma condição crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.
Ela ocorre quando as artérias sofrem algum tipo de resistência ou perdem a capacidade de contrair ou dilatar, fazendo com que o coração faça mais força para bombear o sangue, de forma que ele circule pelos vasos sanguíneos.
Por isso, quando não controlada, leva a complicações como insuficiência cardíaca, insuficiência renal e acidente vascular cerebral. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 30% da população sofre com pressão alta atualmente.
Sintomas e causas
De forma geral, os sintomas da doença incluem tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão. Entretanto, a hipertensão geralmente é silenciosa, sendo importante medir regularmente a pressão arterial.
Na maioria dos casos, o problema é hereditário, mas há outros fatores que contribuem para o seu desenvolvimento, como a obesidade, sedentarismo, má alimentação, glicemia alta, colesterol e/ou triglicérides elevados e estresse.
Complicações
As principais complicações da pressão alta são o acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, ela pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. Também pode provocar problemas na retina e dores nas pernas devido ao “entupimento” dos vasos que levam o sangue pelas artérias.
Prevenção
A pressão alta integra um grupo de doenças passíveis de serem evitadas por meio de hábitos modificáveis relacionados ao consumo de álcool, tabaco, alimentação inadequada e sedentarismo, considerados fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
“O estilo de vida tem grande influência no desenvolvimento da hipertensão arterial”, alerta a cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dra. Sueli Vieiras. De acordo com ela, buscar equilíbrio entre o trabalho e o núcleo familiar, somado a hábitos saudáveis é fundamental para prevenir a condição.
A especialista enfatiza ainda que a aferição periódica dos níveis pressóricos propicia o diagnóstico precoce da doença, o controle da pressão arterial e dos fatores de risco associados.
Tratamento e cuidados
A hipertensão arterial é uma doença que não tem cura, mas pode ser controlada. Para isso, é fundamental consultar um médico para diagnosticar a origem do problema e receber o tratamento adequado. Alguns casos podem exigir o uso de medicamentos, porém a adoção de um estilo de vida equilibrado é imprescindível para o controle da condição.
Logo, o paciente terá que mudar seus hábitos alimentares e reduzir o consumo de sal. Também precisará começar uma rotina de exercícios físicos e evitar o cigarro e o álcool, outros dois grandes vilões da boa saúde.